Formação em Linguagens da Educação Patrimonial
Programação online e gratuita.
O Projeto BomSerá é uma iniciativa do IA - Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto e vai muito além do patrimônio cultural. Nosso maior compromisso é com as pessoas. Para cumprirmos com esse propósito, em paralelo ao restauro das três casas, elaboramos algumas atividades que contemplam o escopo do nosso Programa Educativo. É o caso desta Formação em Linguagens da Educação Patrimonial.
Trata-se de um curso online e gratuito dirigido às pessoas educadoras, com ênfase em mediação do patrimônio cultural e foco nos saberes transdisciplinares de história, geografia e linguagens relacionados ao projeto BomSerá - oficinas de restauro.
As pessoas participantes puderam vivenciar encontros teóricos e, individualmente, produzirem relatórios descrevendo suas experiências escolares em relação aos conteúdos do curso, na elaboração de um diagnóstico coletivo da educação patrimonial nas escolas.
Logo abaixo, nesta mesma página, oferecemos informações mais detalhadas sobre cada tema abordado nos dois dias de curso e os acessos às lives com os conteúdos aplicados nos dias 26 e 27 de outubro de 2022, que ficarão disponíveis no YouTube do IA para acessos posteriores. As transmissões contam tradução em libras como medida de acessibilidade.
Gostaríamos de ressaltar que a emissão de certificado para o curso completo, de 8 horas de duração, contemplou pessoas inscritas até o dia 25 de outubro de 2022, que acompanharam a live ao vivo e assinaram a lista de presença.
1º encontro:
Meu município, meu patrimônio: oralitudes e afropotência na construção do patrimônio material e imaterial de Ouro Preto
Discutir com professores e educadores do Ensino Fundamental II, Educação de Jovens e Adultos e Ensino Médio noções e conceitos de patrimônio material e imaterial do município de Ouro Preto de forma afrocentrada, desfocando o olhar do “centro histórico” construído a partir da visão modernista da década de 1920 para as contribuições africanas e indígenas na construção de Ouro Preto e como se dá a elevação a patrimônio da humanidade. Abordar os conceitos de preservação, salvaguarda e manutenção de bens móveis e imóveis, materiais e imateriais pelo prisma pós-colonial da “Améfrica Latina”. Tratar a importância dos inventários, dossiês, registros e tombamentos de bens numa visão decolonial, tendo como mote a experiência dos participantes que vivem a cidade, as suas comunidades e como eles veem “a cidade patrimônio”.
Convidada SIDNEA SANTOS
Sidnéa Francisca dos Santos. Mulher preta da periferia de Ouro Preto. Atriz, historiadora, pós-graduada em Cultura e Arte Barroca, mestranda em História pela UFOP, pesquisadora da cultura afro-brasileira e africana. Sócia e fundadora da Comissão Ouro-Pretana de Folclore, sócia e fundadora da AMIREI (Associação Amigos do Reinado), sócia e fundadora do Coletivo OuTro Preto/Mina Du Veloso. Recém-empossada coordenadora adjunta do NEABI/UFOP, representando os alunos do PPGHIS ICHS.
Mediação por Flaviana Lasan e Pompea Tavares.
Vídeo com recurso de audiodescrição
2º encontro:
Educação patrimonial: princípios conceituais e inventários participativos
Apresentação dos princípios conceituais da Educação Patrimonial, bem como de suas diretrizes para o ensino formal e não formal. Além disso, será apresentada uma ferramenta educativa para a identificação de referências culturais de grupos e comunidades: o inventário participativo.
Convidada SÔNIA RAMPIM
Socióloga, doutoranda em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável (UFMG-MG), mestre em Educação (UNICAMP-SP), especialista em Sociologia Rural (UNICAMP-SP) e em Políticas Públicas de Proteção e Desenvolvimento Social (ENAP-DF), servidora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), onde é professora do mestrado profissional, e membra do ICOMOS Brasil, onde coordena o Comitê Científico de Interpretações do Patrimônio.
Mediação por Valquíria Prates e Pompea Tavares.
Vídeo com recurso de audiodescrição
O Projeto BomSerá foi idealizado pelo IA – Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto, conta com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocínio do Instituto Cultural Vale e é realizado pelo Ministério da Cultura do Governo Federal União e Reconstrução.