ia – ateliês digitais

mostra “mina, ruína, caco e minério – ateliês digitais”


Em diálogo com questões sociais, históricas e políticas que orbitam nosso tempo, as artistas e residentes Bárbara Mol, Belize de Melo Neves, Efe Godoy, Massu Cristina, além de Douglas Aparecido da Silva e Lucas Soares, orientados pela curadora Tainá Azeredo, transportam seus ateliês para o ambiente digital, em uma plataforma criada especialmente para simular experiências de fruição em uma galeria de arte, e convidam o público para perscrutar as minucias de seus processos e obras que brotaram da imersão e dos diálogos realizados durante o Programa Emergencial de Residência Artística – iai, associados à subjetivação estética dos artistas e seus olhares para o mundo.

Batizada de Mina, Ruína, Caco e Minério, os componentes que estruturam a mostra são verdadeiros pontos de intercessão (e, ao mesmo tempo, inflexão), das trocas realizadas ao longo da residência artística, tendo como referência espacial a cidade de Ouro Preto, e existencial, valores que remetem à urgência da descolonização do pensamento, de memórias, saberes e fazeres artísticos. Desse contexto, mina e minério emergem como elementos inerentes a estruturas simbólicas colonialistas e neoliberais ligadas à exploração e subjugação do humano e do meio-ambiente; e ruína e o caco, sublevam-se como resquícios advindos da destruição de emblemas coloniais, capazes de, a partir de um gesto de coleta, serem reconstruídos ou coladas, fazendo surgir a possibilidade de se contar outras histórias e narrativas disseminadas nos regimes de visibilidade, visualidade e discursos que se contrapõem ao moralismo do status quo.

mostra-mina-ruina-e-minerio-2021 Mostra Mina, Ruína, Caco e Minério por Bárbara Mol, Belize de Melo Neves, Efe Godoy, Massu Cristina, Douglas Aparecido da Silva e Lucas Soares.

Assista a live "Conversas Entrelaçadas: abertura de processos", que marca a inauguração da Mostra Mina, Ruína, Caco e Minério - Ateliês Digitais do Programa Emergencial de Residência Artística - iai.

A mostra é realizada com recursos da Lei Aldir Blanc, do Governo Federal, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.